quinta-feira, 26 de maio de 2011

linguajares no Buzz

 No domingo passado compartilhei, no Buzz, o twitte abaixo, publicado pelo blog o melhor do Twitter
Fátima Franco  - Público
tuwtf - O Melhor do Twitter
na frase “Carlos foi a escola de chinelo” -Carlos- é um sujeito simples.


Veja como a conversa rendeu:
2 pessoas gostaram da atualização - Maria do Rocio Rodi Gonçalves e Tatiane Martins
Denise Vilardo - Perfeito!!!
Fátima Franco - eu morri de rir!!
Andréa Motta - Depende da sandália do sujeito... Havaianas estão custando os olhos da cara. Então, o Carlos é rico, se escondeu com medo de sequestro e virou sujeito oculto. rsrss
Maria do Rocio Rodi Gonçalves ih! ih! ih! diálogo dos bons... coisas que exigem ilustração, como a HQ, até vejo os personagens e cenários... genial! Vocês são ótimas!
Fátima Franco - huá,huá, huá... Andréa, isto é que é exercício de compreensão textual.
Rocio, a idéia da HQ é ótima.
Posso postar essa conversa no Blog? Vcs me autorizam?
Editar
Andréa Motta - Pode!!!
Maria do Rocio Rodi Gonçalves - ok!
Tatiane Martins - Adorei a conversa das colegas de Língua Portuguesa.
Tatiane Martins - E se forem duas pessoas de nome Carlo? CarloS kkkkk. Como fica a análise?
Tatiane Martins - Ok, nome próprio não se pluraliza, mas vamos lá... Quero dar asas à criatividade da Andréa Motta ou a quem mais quiser se arriscar rsrsrsr
Maria do Rocio Rodi Gonçalves - Como estou aqui no norte, o pessoal adora engolir os erres e exagerar nos esses (x - ch), e fico a imaginar os alunos das séries iniciais a responder [estou aqui lendo várias produções deles sobre diversidade]: Cálosos - carolosos - carlousis - carluixis e por aí vão na fonética brincante... rs!2
Andréa Motta - ai meu Jesus Cristinho! Fiquei até tímida.... rsrs
Tatiane Martins kkkkkk
Fátima Franco - us carluz num são simpliz porque chinelu tá custano caru.Em minerês é assim, uai!!
Maria do Rocio Rodi Gonçalves - ih ih ih!
Tatiane Martins - É assim mesmo kkkkk.
Fátima Franco Falta a Andréa e a Tati escrever em carioquês.  
Tatiane Martins Saca o Carlus, me'irmão? Aquele nerd que vive andano di chinelo pra tudo quantu é cantu. Pois é, ele vai assim mermo pra iscola.
Maria do Rocio Rodi Gonçalves - Muito bom! Que delícia isto aqui...
Andréa Motta - Não falta mais... Ae a Tati tá mi zuando rsrrss
Maria do Rocio Rodi Gonçalves - Meninas, isto dá p'ra compor um bom livro didático. Vai dar o que falar. Mais ainda. Professores falando a língua da galera. Impacto da boa convivência. Espero que o lado de lá fale a "nossa língua" também. Mesmo assim brincando. Gostem de ouvir nossas músicas porque nos permitimos ouvir as deles. Inclusive entramos na dança. Isto é que é interação. Legal!
Fátima Franco Andréa: ocê escreveu um trem danado de engraçadu, sô!!!
Livru didáticus, Rocio? Ocê qué qui o povu morri dinfarte, minina?

domingo, 5 de setembro de 2010

INTERESSANTE

À espera do tombamento

O bairro paulistano da Mooca pode ter seu sotaque tombado


Para que parte do linguajar com influência italiana não se perca com o tempo, o vereador de São Paulo Juscelino Gadelha (PSDB), que foi do Compresp, apresentou um projeto de lei, no final de 2009, que visa tombar o sotaque da Mooca, fundada em 1556 e palco de colonização italiana no início do século 20.

- O sotaque, fui criado na Mooca (nasceu no Estado de Mato Grosso) e tenho o sotaque até hoje, é uma das identidades de quem mora na Mooca e espalhou-se por toda a cidade. Hoje, o paulistano carrega esse sotaque. Por exemplo, a expressão "ô meu!", "fala belo!" ou mesmo "me dá dois pastel e um chopps". Certamente, esse linguajar não desaparecerá pois a quarta geração dos descendentes de italianos ainda carrega muito no sotaque, mas o processo de verticalização do bairro trouxe pessoas de outros locais e representa uma ameaça direta à identidade local, não só do ponto de vista urbanístico, mas também toda uma vertente da memória histórica da Mooca, em especial o sotaque - analisa Gadelha que, em 2007, já havia solicitado o tombamento da Festa de San Gennaro, tradicional no bairro.

Caso o projeto seja aprovado, o sotaque será preservado em gravações e transcrições e esse será o primeiro bem imaterial tombado na cidade. Há atualmente 15 no país, como acarajé, capoeira, Festa do Divino Espírito Santo de Goiás, frevo de Olinda e a voz do intérprete da escola de samba Mangueira, Jamelão.

- O cotidiano do paulistano antigo morador da Mooca foi muito bem ilustrado e imortalizado na voz de Adoniran Barbosa e dos Demônios da Garoa. Porém, é visitar o tradicional bairro, basta adentrar em estabelecimentos comerciais mais antigos ou pedir uma informação na rua, que o sotaque aparece naturalmente e você percebe aquela fala cantada - finaliza Gadelha.

fonte:UOL Lingua Portuguesa

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Texto Paidégua

Há tempos estou procurando um texto que guardasse o modo peculiar do paraense se expressar, que trouxesse suas gírias e sua cultura, então recebi hoje esse que segue abaixo, (desconheço a autoria) da amiga Maria do Rocio. Fiz-lhe uns pequenos, micro ajustes, e acho que atende ao que  nos propomos aqui neste Blog: apresentar os linguajares brasileiro, alguuns quase dialeto. Ao final um glossário dos termos empregados no texto. Franz

Um dia eu tava buiado, pensei em ir lá em baixo comprar uns tamatás. Tava numa murrinha, mas criei coragem, peguei o sacrabala e fui. Chequei tarde só tinha peixe dispré. O maninho que estava vendendo tinha uma teba de orelha do tamanho dum bonde. O gala-seca espirrou em cima do tamatá do moço que tinha acabado de comprar, e no meu tembéim. Ficou tudo cheio de bustela... Axiiiiiii, porcaria! Não é potoca, não.

O dono do tamatá muquiou a orelha-de-nós-todos, mas malinou mesmo. Saí dalí e fui comer uma unha. Escolhi uma porruda! Égua, quase levei o farelo depois. Me deu um piriri. Também...perece leso, comprar unha no veropa. Comprei uns mexilhões, um cupu e um pirarucu, munto fiiiiiirme, mas um pouco pitiú.

Fui pra parada esperar o busão. Lá tinha duas pipira varejeira fazendo graça pro meu lado. Fiquei cheio de pavulagem, pensando com meus botões...ÊEEEE, ela já quer... Mas, veio um Paar-Ceasa sequinho e elas  entraram... Fiquei na roça, levei o farelo.

O sacrabala veio cheio e ainda começou a cair um toró, égua-muleke-tédoidé, pense num bonde lotado. Eu disse: éguaaaaaaaa, voimbora logo.

No sacrabala lotado, com o vidro fechado por causa da chuva, começa  aquele calor muito palha. Uma velha estava quase despombalecendo. Daí o velho que tava com ela gritava arreda aí menino pra senhora sentar aí do teu lado. O menino falou: Hmm, tá, cheiroso.
.

GLOSSÁRIO

Axiiiiiii = expressão de nojo
Buiado = cheio de dinheiro
Bustela = meleca
Cupu (cupuaçu) = fruta regional
Despombalecendo = desmaiando
Dispré(despreparado)= ruim
Égua = expressão paraense para qualquer coisa excepcional
Gala-secapateta
Lá em baixo = o Centro/Belém
Levar farelo = se deu mal
Leso = tonto
Muquiou (v. moquear=assar na brasa) = + ou - esquentar
Malinou (v. malinar) = fez maldade
Munto fiiiiiirme = muito legal
Murrinha =preguiça
Na roça = mal
Pavulagem = cheio de si, metido
Paar-Ceasa sequinho = ônibus vazio
palha = ruim
pitiú (piti-ú) = mau cheiro (geralmente de peixe)
Piriri = caganeira
Potoca = mentira
Porruda = muito grande
Sacrabala = ônibus Sacramenta-Nazaré
Tamatás (tamuatá) = tipo de peixe cascudo
Tá, cheiroso = expressão de desdém ou pouco caso
Teba = grande
...-tédoidé = tu é doido é?
Unha (de caranguejo) = tipo de salgado semelhante a coxinha de galinha
Veropa = mercado do Ver-O-Peso
Pipira (tipo de passarinho) varejeira (tipo de mosca) fazendo graça (se exibindo) = menina assanhada/piranha

domingo, 8 de agosto de 2010

De renguear cusco!

    cusco (Este cusco, com certeza, não rengueia! Está pilchado para qualquer geada!)

(Imagem daqui!)

     Nestas paragens brasileiras, temos vivido dias de inverno rigoroso.

     Tá um frio de renguear cusco! Como gostamos de dizer.

     Sobre essa expressão trago fragmentos do texto (para ler o texto na íntegra tem que se cadastrar!) do jornalista Luiz Antônio Araújo, publicado no jornal Zero Hora, do dia 24 de julho de 2010:

(…) Quem consultar o bom Google – ia escrevendo “o velho e bom Google”, mas me dou conta de que, aos 12 anos, ele ainda não merece o primeiro adjetivo – descobrirá que, em linguajar gauchesco, “cusco” é cachorro pequeno e “renguear” é mancar. Quanto à expressão “frio de renguear cusco”, aparece traduzida como “frio que faz um cachorro tremer e mancar”.

     Em seguida, o esclarecimento científico:

Ligo para o Hospital Veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O vice-diretor, Carlos Afonso Beck, explica:
– Alpinistas às vezes sofrem perda de orelhas ou de dedos sob temperaturas de dois dígitos abaixo de zero. Isso se deve à vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos em razão do frio). Animais também podem ser vítimas desse fenômeno. Um cachorro pode, por exemplo, mancar depois de passar uma noite gelada num galpão ou ao relento.

     Para driblar o frio, nos resta o mate*!

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     Em tempo: nunca vi um cusco rengueando por causa do frio! :(

     *Parece que, na metade sul do estado, usamos mais a palavra mate no lugar de chimarrão – influência de los hermanos!

sábado, 7 de agosto de 2010

OUTRO EXEMPLO ENGRAÇADO.....

COMO FALAR DE SAMPA......

sem falar do Adoniran? Impossível!
E como não citar o bairro do Bexiga?Quem conhece Sampa sabe que o coração da cidade é imenso e por ele passa muito sangue italiano. Esses imigrantes que ajudaram a construir a grandiosidade dessa metrópole que eu amo de paixão, que eu admiro, que eu respeito. E o sotaque que foi emprestado aos brasileiros que ali residem e trabalham preparando os mais deliciosos pratos típicos da comida italiana. Quem nunca foi comer uma "bruscheta", um "polpetone", um "gnochi", um "farfalle" servido por um descendente bonachão ao som do "Funiculi funiculá"?

E depois ainda perguntam:
Por que será que o paulistano grita "orra, meu!"

ADONIRAN E A PAULICEIA DESVAIRADA......

Realmente, é impossível falar de sampa sem citar Adoniram e os Demônios da Garoa.O samba do Arnesto.....Saudosa Maloca.....Trem das Onze...Tiro ao Álvaro.......fanático pelo Corinthians escreveu um hino de amor ao time: Coríntia ( meu amor é o timão).
O LINGUAJAR de Adoniran retrata fielmente o linguajar do caipirês paulista.
Veja que "maravilha" de registro é a letra de Saudosa Maloca:
Se o sinhô num tá lembrado
Dá licença de contá
Que aqui onde agora está
Esse edifício arto,
Era uma casa véia, um palacete assobradado
Foi aqui, seu moço, que eu , Mato grosso e o Joca
Construimo nossa maloca
Mais um dia, nóis nem pode se alembrar
Veio os home cas ferramenta,
O dono mandô derrubá
Peguemo todas nossas coisa e fumo pro meio da rua
Apreciá a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada talba que caía doía no coração
Mato Grosso quis gritá mais em cima eu falei:
Os home tá ca razão nóis arranja outro lugá
Só se conformemo quando o Joca falô
Deus dá o frio conforme o cobertô
E hoje nóis pega paia nas grama do jardim
e pra esquecê nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida
ddindindonde nóis passemo os dias feliz de nossa vida!
E com vocês, Demônios da Garoa:

terça-feira, 27 de julho de 2010

Arnesto

Adoniran Barbosa foi um poeta paulista, daqueles poetas que fazem músicas.E que soube mostrar como ninguém o falar da classes populares.
No dia 6 agosto, Adoniran completaria 100 anos, e muitas homenagens estão sendo feitas.

E o Linguajares, é claro, não poderia deixar de homenagear aquele que soube colocar em suas músicas o linguajar dos brasileiros.
Com vocês o Samba  do Arnesto:

Samba do Arnesto

Adoniran Barbosa

O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
Nós não semos tatu!
No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever"


sexta-feira, 23 de julho de 2010

O Nordestinês do Alagoano


Alagoano não fica solteiro, ele fica "solto na bagaceira".

Alagoano não vai embora, ele "pega o beco".

Alagoano não diz 'concordo com você', ele diz:  issssso, homi!!!

Alagoano não conserta, ele "imenda".

Alagoano quando se empolga, fica com a "mulesta dos cachorro".

Alagoano não bate, ele 'senta-le' a mão.

Alagoano não bebe um drink, ele "toma uma".

Alagoano não é sortudo, ele é "cagado de sorte".

Alagoano não corre, ele "dá uma carreira".

Alagoano não malha os outros, ele "manga".

Alagoano não conversa, ele "resenha".

Alagoano não toma água com açúcar, ele toma "garapa".

Alagoano não mente, ele engana"."

Alagoano não percebe, ele "dá fé".

Alagoano não sai apressado, ele sai "desembestado".

Alagoano não aperta, ele "arroxa".

Alagoano não dá volta, ele "arrudeia".

Alagoano não espera um minuto, ele espera um "pedacinho".

Alagoano não se irrita, ele se "arreta".

Alagoano não ouve barulho, ele ouve "zuada".

Alagoano não acompanha casal de namorados, ele "segura vela".

Alagoano não quebra algo, ele "tora".

Alagoano não é esperto, ele é "desenrolado".

Alagoano não é rico, ele é um cabra "estribado".

Alagoano não é homem, ele é "macho".

Alagoano não fica satisfeito quando come, ele "enche o bucho".
Alagoano não dá bronca, dá "carão".

Alagoano quando não casa formalmente, ele fica "amigado".

Alagoano não tem diarréia, tem "caganeira".

Alagoano não tem perna fina, ele tem "cambitos".

Alagoano não é mulherengo, ele é "raparigueiro".

Alagoano não joga fora, ele "avoa no mato".

Alagoano não vigia as coisas, ele "fica tucaiando".

Alagoano não se dá mal, "se lasca todinho".

Alagoano quando se espanta não diz: - Xiiii! Ele diz: Viiixi Maria! Aff Maria!

Alagoano não é chato, é "cabuloso".

Alagoano não é cheio de frescura, é cheio de "pantim".

Alagoano não pula, "dá pinote".

Alagoano não briga, "arenga".

Alagoana não fica grávida, fica "buchuda".

Alagoano não fica bravo, fica com a "gota serena".

Alagoano não fica apaixonado, ele "arrêia os pneus".

Alagoano quando liga pra alguém não diz alô,atende e diz logo:- Tais ondi?

Alagoano nâo estoura (balões) ele "poca"
Então povo bonito, que infelizmente não teve a sorte de nascer numa terra linda como a nossa,  espero que possa  aprender um pouco da nossa cultura linguística, que embora possa parecer cômica, traduz claramente a garra e a alegria que essa terra, mesmo tão sofrida, ainda consegue expressar.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Declaração Mineira


Declaração Mineira de Amor aos Amigos


Ocê é o colírio do meu ôiu
É o chiclete garrado na carça dins.
É a maionese do meu pão.
É o cisco no meu ôiu 
(o ôtro oiu - eu tenho dois).
O rechei do meu biscoito.
A masstumate do meu macarrão.

Nossinhora..!
Gósdimais da conta docê, uai.

Ocê é tamém:
O videperfume da pintiadêra.
O dentifriço da iscovdidente.

Óiprocevê,
Quem tem amigo assim, tem um tisôru!

Eu guárdêsse tisouro, com todo carinho ,
Do Lado Esquerdupeito !!!
Dendumeu Coração!!!

AMO Ocê um tantãumm...



Recebi esta contribuição do prof. Serjão do Blog Ritos e Rituais