quarta-feira, 30 de junho de 2010

PORTUGUÊS.......

baianês......cearês.....mineirês....internetês......
A língua culta que aprendemos, que encontramos nos livros, nos jornais é tão diferente da que usamos no dia a dia que, muitas vezes, fica difícil para alguns identificar alguns termos.
A qualidade da educação no Brasil tem caído, afirmam N pesquisas feitas por N instituições através de avaliações externas às escolas. E muita gente afirma que o drama se deve à dificuldade de interpretação das questões por parte dos alunos.
Aí os professores são questionados:"Por que não ensinam os alunos?"
E eles se defendem:"Ensinar, bem que tentamos, mas diante do uso indiscriminado de expressões como "vc","td","tb","blz" fruto de uma simplificação exagerada trazida pela internet, fica difícil levar o jovem a ler e escrever como manda o figurino ou as boas gramáticas!"
E é aí que se encontra nosso desafio de professor: não ignorar o que rola na internet pra não ficarmos à margem da modernidade, mas ganhar o aluno para que ele utilize a norma culta pelo menos naquilo que escreve na escola.
Se a pesquisa for mais a fundo é bem capaz que encontremos no mineirês a origem do internetês: "oncovô?"
vera

terça-feira, 29 de junho de 2010

Erro ou inadequação?

Costumo dizer aos meus alunos que determinados usos considerados tradicionalmente errados na educação formal, são apenas pequenas inadequações em determinadas situações, mas que podem ser adequadas em outras.

O povo é extremamente inteligente e preza pela economia vocabular e pela clareza na comunicação.

Por que "eu te amo" estaria errado, quando se usa junto o pronome "você"? Por exemplo: "Eu te amo. Você é a luz de minha vida."

Se o falante optasse pelo pronome oblíquo "o" ou "a", no lugar de "te", dependendo da entonação e até completar a frase, poderia gerar a dúvida no interlocutor: "ama quem?! A mim ou ao outro?"
Ao dizer, "eu te amo" não pode haver dúvida. Refere-se apenas à pessoa com que se fala. Por isso, os cariocas, que usam prioritariamente o pronome de segunda pessoa "você" para se dirigir ao interlocutor, associam esses pronomes (você, te) provindos de "famílias" distintas.

Falando em bom brasileiro

Eu vi ela. Assim se fala, assim não se escreve.

No podcast Estúdio CH dessa semana, o linguista Mário Perini explica por que considera a língua falada como o verdadeiro português ‘brasileiro’ e conta sobre a gramática que escreveu, dedicada ao linguajar que está na boca do povo.



Interessante conversa para começar esse blog, não é?