segunda-feira, 12 de julho de 2010

Capaz.

    A Vera,  comentando o texto Sobre "enchufe", "papa" e "remolacha", mencionou o uso da expressão “capaz”, muito comum entre @s gaúch@s!!
     E me fez lembrar de dois textos deliciosos produzidos por pessoas que são referências para mim.
     Um, o Dicionário de Porto-Alegrês, do professor Luís Augusto Fischer, em que aparece uma explicação “com encanto e graça” (palavras de Moacyr Scliar para descrever a obra):
CAPAZ Resposta negativa sintética, de alta expressão e de grande uso. Usado, não sei por quê especialmente por mulheres (eu acho). “Tu vai lá?” Responde a moça, entre o espantado com a pergunta e o indignado com a mesma coisa: “Capaz”. E depois, na fala, não tem nem ponta de exclamação, é ponto final mesmo. Deve ter-se originado de uma pergunta de resposta a uma pergunta, no caso  aí de cima, a resposta  da moça , por extenso, seria algo como: “Então tu achas que eu seria capaz de ir lá?”. A estrutura sintática do “capaz” é semelhante a uma manha de linguagem bem mais recente, o “pior”(v.). 
     O outro, a música “Capaz”, de Kleiton & Kledir:
Capaz que o mundo um dia vá se acabar
Capaz que a lua vá deixar de girar
Capaz que até a luz do sol vá sumir
Capaz que exista vida em outro lugar
Marcianos, gente verde, sei lá
Capaz
(Aqui está a letra completa!)

Um comentário:

EE BRASIL disse...

há há há é isso aí!eu falo que estamos montando um dicionário regional brasileiro!
vera