domingo, 5 de setembro de 2010

INTERESSANTE

À espera do tombamento

O bairro paulistano da Mooca pode ter seu sotaque tombado


Para que parte do linguajar com influência italiana não se perca com o tempo, o vereador de São Paulo Juscelino Gadelha (PSDB), que foi do Compresp, apresentou um projeto de lei, no final de 2009, que visa tombar o sotaque da Mooca, fundada em 1556 e palco de colonização italiana no início do século 20.

- O sotaque, fui criado na Mooca (nasceu no Estado de Mato Grosso) e tenho o sotaque até hoje, é uma das identidades de quem mora na Mooca e espalhou-se por toda a cidade. Hoje, o paulistano carrega esse sotaque. Por exemplo, a expressão "ô meu!", "fala belo!" ou mesmo "me dá dois pastel e um chopps". Certamente, esse linguajar não desaparecerá pois a quarta geração dos descendentes de italianos ainda carrega muito no sotaque, mas o processo de verticalização do bairro trouxe pessoas de outros locais e representa uma ameaça direta à identidade local, não só do ponto de vista urbanístico, mas também toda uma vertente da memória histórica da Mooca, em especial o sotaque - analisa Gadelha que, em 2007, já havia solicitado o tombamento da Festa de San Gennaro, tradicional no bairro.

Caso o projeto seja aprovado, o sotaque será preservado em gravações e transcrições e esse será o primeiro bem imaterial tombado na cidade. Há atualmente 15 no país, como acarajé, capoeira, Festa do Divino Espírito Santo de Goiás, frevo de Olinda e a voz do intérprete da escola de samba Mangueira, Jamelão.

- O cotidiano do paulistano antigo morador da Mooca foi muito bem ilustrado e imortalizado na voz de Adoniran Barbosa e dos Demônios da Garoa. Porém, é visitar o tradicional bairro, basta adentrar em estabelecimentos comerciais mais antigos ou pedir uma informação na rua, que o sotaque aparece naturalmente e você percebe aquela fala cantada - finaliza Gadelha.

fonte:UOL Lingua Portuguesa

4 comentários:

Fátima Franco disse...

Oi,Vera:
Boa noticia esta.
Mas, o queijo mineiro e os sinos das igrejas de São João Del Rei também são considerados bens imaterais, daqui das Minas Gerais.
A reportagem esqueceu de citar isto.E os doces mineiros também devem entrar na lista.
Beijos.

vieira calado disse...

Olá, amiga!

Passei para ver as novidades

e desejar bom fim de semana.

Bjs

na sarje disse...

muito bom esse espaço, sobrepondo e expondo doces linguajares.
convido tambem para visitar um outro espaço poético, o http://www.nasarje.blogspot.com/ e se possível deixe algum comentário por lá. abraços e até.
koisan uchoà, na sarje.

João Maria Ludugero disse...

Se puder, dê uma passada lá no meu site. Se gostar, e puder me adicionar. Felicidades, hoje e sempre. Hiper abraço,
João.
www.ludugero.blogspot.com